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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Versos meus

Podem rir de minha "intelectualidade",
De meus desperdícios de amor
E meu deplorável estado de embriaguez...
Podem recitar e expor
Todas as minhas fraquezas
Publiquem meus mais íntimos segredos
Podem chutar o pau da barraca, virar a mesa
Cutucar minhas feridas
Pisotear por todos os meus sonhos
Zombar de minha crença dilacerada
Falem do meu triste e cômico abandono
E enquanto isso limpo as chagas
Lembrando de canda um de vocês
Não por colecionar mágoas
...Nem cultuar rancor
É que por estar escrevendo
Eu sem muito bem onde apertam,
De onde vem os risos por está doendo...
Eu não me importo, fico com meus versos

(Thalles Nathan) 27/02/12

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Cartum

Senhorita; troquei tanto minhas vírgulas
Pelo seus... "Pois bem"
Decalquei nosso amor decrépito
Interrogava-te usando todos os meus "hein"
Bordo por linhas descosido a tudo já escrito
Fujo de teus pensamentos... Meu ego neófito


Por entrepausas não houvera vida alguma
Onde teus pés não tenham pisado
Murmurei planos em falsetes, de minha dicção restou-me traumas
Em todos os cantos em que seu olhos passeavam 
Por todos os cantos eu existia... 
Os poemas só tornavam-se poesias, quando de sua boca caíram


Não deu pra cravejar toda a rua, mas ficou por lá a chave perdida 
Eu! perfeitamente eu... em rabisco desenhado na areia
Ar de mim de mim roubado... Em sua charges bochechas rubras 
Valsante amor sobre a luz da lua
Decalco ainda teus traços em resumo
  
(Thalles Nathan) 08/09/09






Anunciações

Cansei desta estirpe
... Linhagem partidas em silêncio solto
Ingênuas brigas no almoço;
Seguidas de sorrisos elásticos para fotos
Fustiguei-me desse amor caótico
Me trouxeram apenas náusea de deus
Margarinas e seus comercias poéticos
Não fazem parte do nosso melodramas filosóficos
Em que vivemos o simples, beirando o prático

(Thalles Nathan) 26/02/12