Pages

sábado, 10 de março de 2012

voo de Ícaro

Cheguei ao fim do precipício
As nuvens batem em mim e desfazem
Penas presas à cera; asa e artificio
Deste alto os medos me caem bem

Respiro fundo, ouso planar sobre o vento
Livro-me dos cadeados de teus braços
Nem sinto o sol tão próximo; voo desatento
Eros, redundante seguia teus nítidos passos

Violento voo breve! De queda intensa...
O céu parecia a caixa de pandora aberta
Busquei fogo, chama viva na mão de um titã
Procurando de alguma forma não cair
Consultei oráculos, maranhados novelos de lã

E vi só o que o elmo deixou-me ver...


(Thalles Nathan) 04/03/12