Eu, poeta retalhos letras... Sujo o
caos
Tudo que vem a mim será derrubado
Meus devaneios tornam-se reais, e os
amores tornam-se infinitos
Meu eu lírico sempre sou eu
De pesadas verdades tortas, um tanto
fraco, amarrotado
Vistos sempre belas palavras
perco-me em meus próprios labirintos
Ecoam vozes... vozes e
vozes... E vozes
Vultos dançam em meus poemas por
tudo já escrito
Grifo tudo que grito calado, tudo
que não assumo
Corrijo acentos... Reformulo frases
dou minhas entonações
Construo castelos barrocos, crio
neles fachadas e a mesma, desarrumo...
Venço o vento,
perco argumentos, derroto minhas vitórias e tudo a lápis
Estou sempre lúcido e nunca durmo
Sou a revolta, a dor que invento,
remo que conduz o barco nos mares de minha intuição
Luz da sombra em tudo que sobras...
A noite sempre se estende mais que o dia
Estampo em folhas resto de minha
inquietação
Tudo que meus olhos flagram minha
mente retém. Tornam-se poesia
Eu vivo imperativo do poder de
meus dedos
Que pedem alivio ao escrever e
escrevem por folhas e folhas...
(Thalles Nathan)
10\06\12