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quinta-feira, 26 de julho de 2012

T. N. D. A. S.



T. N. D. A. S.
              













As luzes se apagam
Há apenas um lampião tremulo
Dormia sonhos febris
Cadáver frio
Arrastava correntes... Cambaleava bêbado
Risos eram forçados e vazios
As cores de seus olhos sumiam
No espelho refletia a falta de sua calma
Penumbra coração!
Ser ávido é para poucos
Resistia aos impulsos do sono
Nascia o dia
Deitava recolhendo as lágrimas
Engolindo a voz enquanto soluçava
- Só terás meu corpo quando for dono de minha alma!

Thalles Nathan  26\07\12

quarta-feira, 25 de julho de 2012

A valsa caos ( A bailarina e os sapatos de chumbos)




Quando me chamou pra dançar
Avisei de meus passos descuidados
Insistiu a me arrastar para o salão,
Viu graças nos meus passos mal dados.
Pensou ser charme o tremer de minhas mãos

Planejou um leve consertar em meu gingado
Flutuavas enquanto meu corpo teimava em se arrastar
... Caminho a ser trilhado!
Teus dedos entre os meus, minha mão em tua cintura e cabeça sobre meu ombro
Mensurou breve rodopiar...

Só se comparava com minha falta de ritmo
O entoar cardíaco do meu peito
Teus lábios macios e rubros
Condenava-me pelo que já lhe havia advertido

- Valsa bailarina, pois meus sapatos são de chumbos
Bailarina de sapatilha leve, não deve por mim, esperar

Desprendeu-se do peso que a prendia
Tua leveza e suas asas de aço fizeram com que pudesse voar


17\07\12 Thalles Nathan 

Medos


Medos

Meus medos são ventos frios,
Felicidade a véspera do carnaval
Escuros, baratas, ruas desertas e meios fios

Os meus medos hoje são seus.
Medo de vozes, da solidão e do silêncio
Ontem os seus tornaram-se meus
... Sombras, vultos e risadas


25\07\12 Thalles Nathan