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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Solidão


A solidão é acadêmica
Rodeada de palavras
... Frases fazem estradas para a distância
Os poemas trilham em minhas mãos
Despencam de meus olhos inundo d‘água
           
A saudade é verdadeiramente sóbria  
Por sua coerência, tornam-se dona da razão
E toma todo o espaço das folhas escritas
As valsas das palavras engasgadas
Formam ao papel a correção

E se a seguram de estarem todas em par
...Tomam todo o salão
Dão ao ar da graça e fazem o esforço
De não faltar pontuação

E os versos têm os efeitos de fazer chorar
Arma simples dobrada no bolso

E a solidão em mim empregada, 
Faz dimensão entre o presente momento
E o passado ausente
Estamos tão presos as circunstâncias
Que qualquer ponto final 
É questão de interpretação 

Thalles Nathan 03\07\12

Reflexos



Por causa de seu sêmen,
Corre teu sangue em minhas veias
Na sua solidão te quis perto
... Por teus defeitos
Desejei ter-lo longe

Criei todos os meus maus hábitos
Herdei de você!
Desprezo a parte sua em mim
Se for tão parecido
Fecho os olhos para meu reflexo

Me fez falta a sua ausência
Às vezes! E só às vezes...
Quase nunca dei por sua falta
Negar-te-ei por três vezes, todos os dias

A miopia não é desculpa
E os vultos não são fantasias
Perca de tempo
Foi esperar por teus abraços

Teus olhos severos
Suas reclamações não impunham respeito
Nunca foi meu herói...
Teu silêncio imbecil
Destrói qualquer mínimo elo entre nós

Teu quintal era deserto vazio
Suas advertências
Eram como suas promessas
... Soavam nulas
Tinha medo mais não tinha respeito
E respeito não é vergonha  

Thalles Nathan 04\07\12