sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Todo Coração
Olhos azuis nublados
Alma cinzenta
Carrego meu próprio fardo
Trancado longe do mundo
Meu silenciar desesperado
Não quero suas palmas, nem sua pena
Passe o trinco, bata o cadeado
Talvez não volte mais
Vou abrindo mais uma ferida
Estancando mais um corte, do pulso dilacerado
triste pulso cinzento
pele fria opaca, areia, água e cimento
Pelo açoite da luz do luar
Tudo que havia desejado me esperava
nas dobras das esquinas
com tudo aquilo que temia encontrar
As pessoas não vêem, acham que me tranquei
Sem o menor motivo, sem ter razão
Só eu sei de minhas lagrimas
Das razões que deixam molhar o chão
Querem me dar um novo motivo para pulsar
Mais eu já sou todo coração
Thalles Nathan 03/11/12
Pés cansados
Que caminha meu caminho veste meus pés cansados
Calça minh'alma ainda que lhe espinhe
Aprendem sobre meus sonhos, não precisa sonhá-los, apenas ouvi-los...
Que eles mesmo se constroem em minha mente imagineira
Meu caminho é trilha longa que meus pés contemporizam ao seguir,
São paisagens que meus olhos nunca retêm, por isso sempre me encantam
Encantando a todos que me ouvem contar
Que caminha meu caminho vestem meus pés pesados
Usam minh'alma fria para aquecerem
Aprendem a sonhar sem dormir e dormem se esquecer
Thalles Nathan 07/12/12
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