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quarta-feira, 13 de junho de 2012

O poeta Eu




Eu, poeta retalhos letras... Sujo o caos
Tudo que vem a mim será derrubado
Meus devaneios tornam-se reais, e os amores tornam-se infinitos
Meu eu lírico sempre sou eu
De pesadas verdades tortas, um tanto fraco, amarrotado
Vistos sempre belas palavras perco-me em meus próprios labirintos
Ecoam vozes... vozes e vozes... E vozes
Vultos dançam em meus poemas por tudo já escrito
Grifo tudo que grito calado, tudo que não assumo
Corrijo acentos... Reformulo frases dou minhas entonações
Construo castelos barrocos, crio neles fachadas e a mesma, desarrumo...
Venço o vento, perco argumentos, derroto minhas vitórias e tudo a lápis
Estou sempre lúcido e nunca durmo
Sou a revolta, a dor que invento, remo que conduz o barco nos mares de minha intuição
Luz da sombra em tudo que sobras... A noite sempre se estende mais que o dia
Estampo em folhas resto de minha inquietação
Tudo que meus olhos flagram minha mente retém. Tornam-se poesia
Eu vivo imperativo do poder de meus dedos
Que pedem alivio ao escrever e escrevem por folhas e folhas...

                          (Thalles Nathan)  10\06\12


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